O que é SKU e qual a importância para organizar o estoque?

Quando falamos da gestão de estoque de um comércio, seja ele físico ou online, são muitas as dúvidas sobre termos específicos desse mercado, como SKU. Entender o que é SKU e a importância desse termo é essencial para gestores, de modo que eles consigam controlar melhor seus estoques.

Essa é a sigla para Stock Keeping Units — ou Unidade de Manutenção de Estoque, em português. Também conhecido como o “CPF do produto”, o SKU é uma referência identificadora de produtos que estão armazenados no seu estoque. Ou seja, ele representa um código, composto de uma sequência de caracteres, que identifica cada produto.

Para manter seu estoque organizado e bem gerido, o SKU é um grande aliado. Além disso, desde 2019, o Mercado Livre usa o código SKU nos produtos anunciados no marketplace, o que ajuda no posicionamento dos anúncios.

Portanto, em diversas situações e para empresários de vários ramos, o SKU se torna indispensável. Quer entender melhor? Siga conosco!

SKU: o que é?

Como já adiantamos, o SKU é um código usado para cada unidade de produto, como forma de identificá-lo no estoque.

Cada SKU é único e, geralmente, é composto de letras e números. Assim, podemos entender esse código como se fosse um número de identidade de cada um dos produtos, capaz de separá-los dentro de características particulares como tamanho, peso, cor, forma, fabricante, termos de garantia e quantidade.

Ainda está muito complicado? Vamos para um exemplo:

F310R90G8

Esse é um exemplo de SKU de uma loja de ferramentas. Vamos falar de cada um dos seus elementos:

  • F: indica o tipo de ferramenta;
  • 310: indica o diâmetro do corpo da ferramenta (3,1mm);
  • R: indica a forma do corpo;
  • 90: indica a longitude (90mm);
  • G8: indica o acabamento (galvanizado 8 micras).

Nesse exemplo, vemos um SKU com todas as informações técnicas do produto, tornando mais simples para encontrá-lo no dia a dia dentro do estoque.

Cada comerciante pode ajustar o SKU de acordo com as indicações que são mais importantes para sua gestão. Isso inclui: nome do fornecedor, vencimento, cor, localização no estoque, dimensões, peso, entre outros itens que podem ser considerados.

Na prática, a existência de qualquer variação no produto (como tamanhos e cores) exige que você crie um código diferente. Assim, se você tem um mesmo modelo de tênis com tonalidades diferentes, cada uma delas deve ter o seu SKU específico.

Para que serve

Agora que já vimos o que é SKU do produto, é possível que você esteja se perguntando: em quais situações ele é útil? O SKU é usado principalmente para que o empreendedor consiga fazer um gerenciamento de estoque mais eficiente, evitando rupturas, por exemplo. Nesse sentido, o código atende a 3 funções básicas:

  • indicação do produto no estoque;
  • logística de armazenamento;
  • especificação do item.

Assim, ao usar o SKU, fica mais fácil gerenciar, localizar e acompanhar o fluxo de produtos presentes no seu estoque.

SKU x código de barras

É importante deixar claro que SKU e código de barras não são a mesma coisa. O primeiro é um elemento interno, utilizado por comércios e direcionado à identificação dentro do estoque.

Já o código de barras é um identificador que pode ser escolhido pelo próprio fabricante daquela mercadoria e representa uma sequência exclusiva para um produto.

Qualquer pessoa pode ler o SKU de um produto. E cada empresa cria SKUs únicos para seus produtos, enquanto o código de barras só pode ser alterado pelos fabricantes, sem ter, necessariamente, uma ordem lógica.

Outra diferença simples entre ambos: caso um cliente encontre o mesmo produto em duas lojas diferentes, o código de barras pode ser o mesmo. No entanto, os SKUs serão provavelmente distintos, já que eles são criados pelo sistema interno de cada negócio.

Até por isso, usar o código de barras como SKU não é uma ideia muito legal. Isso porque o fornecedor do produto pode alterar o código de barras a qualquer momento, fazendo com que o seu estoque fique fora de controle e de ordem.

Aí, será necessário proceder com a atualização em todos os locais, como gestão de estoque, anúncios em sites, loja virtual e marketplaces, catálogos, tabelas etc.

Alguns gestores usam tanto o SKU como o código de barras na identificação dos produtos. No processo interno, o SKU é mais usado, já no setor de vendas pode ter a integração do código de barras e do SKU.

SKU x EAN

EAN é a sigla de European Article Number ou Número Europeu do Artigo. Ele é um código de barras com 13 dígitos usado por empresas de exportação ou venda de produtos em marketplaces.

O EAN é um código fixo e universal gerado pelo fabricante do produto. Ao contrário do SKU, o EAN exige um leitor óptico para reconhecimento do código de barras.

Quem tem um e-commerce ou trabalha com marketplaces também deve usar o EAN, porque ele permite a comparação de preços e integração com sistemas de gestão de estoque, além de facilitar que o produto apareça no Google Shopping.

O EAN é formado por: 3 dígitos que representam o código do país de origem do produto + 4 a 6 dígitos que representam a empresa fabricante + 3 a 5 dígitos que são um código de variação do produto + 1 dígito que é o código verificador.

SKU x Part number

O part number é um código de identificação de um item, que também é construído por meio de uma sequência de números e letras determinadas pelo fabricante. É comum encontrá-los em notebooks e equipamentos de informática, por exemplo.

Outra confusão comum é utilizar SKU e part number como sinônimos, já que ambos são utilizados para classificar mercadorias.

Contudo, a diferença é que o part number é geralmente atribuído pelo fabricante, enquanto o SKU é escolhido pelo empreendedor que vende a mercadoria (e que não é, necessariamente, o criador dela).

Como identificar o SKU de um produto?

Caso o produto esteja em uma loja física, você consegue identificar o SKU a partir da própria etiqueta — basta buscar uma combinação de letras e números juntos.

Já nas lojas online, no e-commerce e nos marketplaces, o identificador do SKU costuma ser exibido na página do produto. Assim, quando alguém for abri-la, é só rolar o mouse até o final para buscar as características técnicas.

Como funciona o SKU na prática?

Ainda está muito complicado entender o conceito do SKU e o seu uso? Vamos dar um exemplo prático.

Pense que você tem uma distribuidora de bebidas e no seu estoque você tem 1000 latas de um refrigerante de cola de 350 ml e mais 1000 latas do mesmo refrigerante, também de 350 ml, mas na versão diet.

Nesse caso, você não precisa ter 2000 SKUs diferentes. Você pode ter um para o refrigerante de cola e outro para o refrigerante de cola diet.

Por exemplo: CC-LAT-350, em que CC indica refrigerante de cola, LAT é a lata e 350 se refere aos ml. E CC-LAT-DT-350-0001. Assim, você consegue identificar rapidamente que essa outra versão diz respeito ao mesmo refrigerante de cola de lata, porém na versão diet.

Cada diferenciação no produto merece um SKU novo. Dessa maneira, caso haja o mesmo refrigerante de cola em versões de garrafa pet, garrafa de vidro, etc., você precisará de um SKU específico.

Qual a importância do SKU?

Ao criar e gerenciar seus SKUs, você terá muito mais agilidade em diversos processos que envolvem o estoque.

No nosso exemplo, caso você faça uma venda de 150 refrigerantes de cola e mais 150 refrigerantes de cola diet, não precisa passar detalhadamente cada item ao expedidor, apenas o SKU. E, rapidamente, ele conseguirá localizar os itens no estoque, conferir o SKU, separar o pedido e dar baixa nesses itens.

Quem tem um e-commerce deve entender o funcionamento do SKU. Afinal, com a implementação ficará mais simples separar os pedidos dos clientes no seu estoque, assegurando a entrega correta do que foi faturado.

Vamos ver os benefícios que o SKU traz em detalhes?

Melhora o controle do estoque

O SKU permite que o controle do estoque seja feito de forma automática. Por exemplo: você insere o SKU no seu software de gestão integrado com as vendas.

Assim que um produto é vendido na sua loja virtual, automaticamente o pedido é enviado ao estoque, já com o SKU para ser separado, e a baixa é dada. Isso economiza tempo e traz mais confiança para suas ações, evitando erros.

Além disso, você não precisará mais perder várias horas por semana para fazer o inventário do estoque de forma manual. Afinal, com o SKU o controle do estoque fica mais simples e automático.

Agiliza a expedição

Os códigos SKU também facilitam a organização física do seu estoque e tornam mais simples a hora de separar os pedidos.

Vamos supor que você venda capinhas para celular. Pode criar nichos e prateleiras para separar os modelos, cores e estilos e colocar o SKU de cada produto. Assim, o funcionário visualiza o SKU e já sabe onde está cada capinha, agilizando os processos.

Evita erros

Nada pior do que o cliente pagar por uma coisa e receber outra, não é mesmo? Infelizmente, quem não usa um sistema de organização e gestão de estoque pode correr esse risco. Especialmente quem trabalha com versões similares de um mesmo produto (com alterações mínimas como cor ou medidas).

Ao usar SKUs, fica mais fácil diferenciar os produtos, mesmo que eles não sejam facilmente visíveis, pois o colaborador que faz a expedição vai ler o SKU, e não diferenciar visualmente cada produto no estoque.

Continuando no exemplo da capinha, se você vende dois modelos idênticos, mas com medidas minimamente diferentes para cada tipo de celular, o SKU é que ajudará a identificar cada um e evitar erros.

É útil nos marketplaces

Já se perguntou o que é SKU no Mercado Livre? Lá e em outros marketplaces, o SKU ajuda a melhorar a qualidade do seu anúncio, adicionando informações mais completas. Além disso, você consegue ter mais agilidade na hora da expedição de compras provenientes de diferentes canais, como o seu e-commerce, marketplaces distintos ou lojas físicas.

Traz mais produtividade

O uso do SKU traz agilidade nos processos. Ainda, com mais rapidez e menos retrabalho, você também reduz os custos associados à gestão do estoque, reduzindo as perdas e melhorando a eficiência geral do seu negócio.

Melhora o entendimento do giro de estoque

O SKU ajuda a controlar melhor seu estoque, pois você consegue visualizar no seu sistema de gestão a quantidade de cada produto. Isso evita ficar sem esse item e, por exemplo, vender um produto no seu e-commerce que você não tem no estoque.

Além disso, você consegue entender o seu giro de estoque, definindo o momento certo de reposição e entendendo quais produtos e variações de produtos têm maior ou menor saída.

Gera uma comunicação eficiente

Imagine que você tenha mais de uma loja física e os funcionários de uma delas estão sentindo a falta de um produto que vem sendo muito requisitado pelos clientes.

O produto é um tênis de uma determinada marca, sendo que o número mais procurado é o 40. Assim, os funcionários precisam que os colaboradores que estejam alocados em outro ambiente transportem esses produtos para a loja que precisa vendê-los.

Contudo, uma instrução do tipo “Preciso do tênis da marca X, número 40, cor branca, com solado antiderrapante” pode ser difícil de ser transmitida e gerar ainda mais confusão. Seria bem mais fácil se a instrução fosse algo do tipo “50 unidades do TEXN40”, não é mesmo?

Esse é um exemplo do poder de síntese do SKU. A mensagem poderia ser transmitida por WhatsApp rapidamente, com o destinatário checando os dados de maneira ágil dentro de um sistema de gestão.

Facilita a gestão de informações

Com um SKU bem escolhido, os colaboradores responsáveis pelo gerenciamento de estoque terão um controle mais preciso das mercadorias. Afinal, eles não precisarão diferenciar visualmente cada produto, já que terão a sequência de códigos e letras para diferenciá-los.

Uma empresa que esteja interessada em adotar uma cultura de dados, que traga mais precisão para o registro das mercadorias, se beneficia muito da adoção do SKU. Todo o manejo será baseado na leitura dos códigos — e não em meros achismos.

Como criar o SKU?

Para criar um SKU, você pode usar o seu software de gestão. Mas é importante que o código tenha algumas informações indispensáveis, como:

  • fornecedor do produto;
  • marca;
  • tamanho, cor, altura e outras especificações importantes;
  • categoria;
  • localização no estoque (para estoques muito grandes, esse detalhe pode ser um diferencial interessante).

Nada de exageros: os dados listados devem ser apenas os mais relevantes. Por isso, nada de atulhar o código com um excesso de caracteres, o que só vai gerar confusão e dificuldades na hora de consultar as informações no sistema.

Outro ponto interessante é que os produtos mais vendidos podem ter o seu código decorado por vendedores, o que, novamente, facilita muito a comunicação interna e a solicitação de itens, caso seja necessário.

Lembre-se de usar letras e números, para facilitar a compreensão. E, sempre que você tiver uma variação no produto, crie um SKU novo.

Os números devem ser usados apenas com finalidade própria, como para se referir a quantidade ou tamanho. Evite usar números sequenciais que podem causar mais confusão.

E, claro, tente manter o SKU curto, para ser facilmente lido e compreendido por todos.

Quais os erros mais comuns com o SKU e como evitar?

Alguns erros podem tornar o seu SKU muito complicado e dificultar a consulta por parte dos colaboradores. Por isso, separamos alguns erros comuns ao criar o SKU para que você não os cometa.

SKU longo

Um SKU muito longo dificulta a compreensão e o uso. Afinal, serão mais números e letras para digitar, compreender e identificar. Tudo isso trará lentidão aos seus processos, inutilizando os benefícios de usar o SKU.

SKU com excesso de informações

Para deixar seu SKU curto, indique apenas as informações essenciais para a sua diversidade de produtos e variações. Algumas operações se limitam a usar duas letras e dois números por SKU, por exemplo. Mas isso varia de cada empreendedor e das características dos produtos que você vende.

SKU com caracteres especiais

Falaremos dos caracteres especiais com mais detalhes adiante e de como eles atrapalham a padronização. Por ora, o que você deve saber é que um bom SKU deve conter apenas letras e números.

Afinal, nem todas as plataformas permitem o uso de elementos especiais como *, @, %, entre outros — inclusive, muitos marketplaces os recusam.

Produtos diferentes com o mesmo SKU

O SKU deve ser único para cada tipo de produto. Se você usar o mesmo SKU, não trará facilidades no seu estoque.

Um exemplo: digamos que a sua loja vende iPhones. Por isso, será importante criar um SKU para cada modelo e para cada variação de cor que tem no seu estoque e, até mesmo, para as variações de memória ou de armazenamento.

Como padronizar o SKU?

Quando uma empresa define um código SKU para cada produto, ela os classifica e organiza as mercadorias dentro do estoque. Dessa forma, há uma hierarquia de numeração, garantindo uma padronização de cada produto.

Essa padronização facilita a comunicação interna da empresa e a organização das mercadorias: isso vale tanto para o armazenamento quanto na separação e na expedição de produtos.

Para criar SKUs que garantam esses benefícios para a organização do seu estoque, é importante evitar alguns caracteres que tornam a classificação mais confusa. Estamos falando, por exemplo, dos caracteres especiais (como /,-,*,%,&, entre outros).

Inclusive, para um empreendedor que deseja se inserir em marketplaces, isso é ainda mais importante, já que eles costumam recusar itens que utilizam os caracteres especiais. Caso seja extremamente necessário utilizar um elemento extra para facilitar a classificação, sempre prefira o underline (_).

Além dos caracteres especiais, evite (ou use com parcimônia) itens como as letras “i”, “o” e “l”. Afinal, dependendo da fonte utilizada, eles acabam sendo confundidos com números, como “1” e “0”.

Caso prefira, uma boa dica é utilizar o “i” somente na versão em letra minúscula e o “L” maiúsculo, como uma forma de evitar a confusão e leituras equivocadas.

Outra dica para padronizar e facilitar o uso do SKU no seu negócio é utilizar os próprios dados do seu produto. Um exemplo: um computador da marca Samsung pode começar como “SAMNO” — com o resto complementado por elementos como a cor e o modelo específico.

Como criar SKU com o TagPlus?

Criar SKUs com o sistema TagPlus é muito simples. Dessa forma, suas informações ficarão sincronizadas e padronizadas, tornando mais simples realizar a gestão do estoque, verificar a necessidade de reposição de itens, dar baixa nos produtos vendidos e muitas outras atividades.

Para criar um SKU, basta:

  • acessar o menu “Gerenciar Produtos”;
  • cadastrar um novo produto;
  • digitar seu SKU no campo de Código Interno.

Pronto!

Agora é só começar a usar todos os benefícios do SKU na sua gestão de estoques. Você pode conhecer outros recursos do sistema TagPlus para o dia a dia da sua empresa acompanhando as nossas redes sociais.

Conclusão

Neste conteúdo, você aprendeu o que significa SKU e que ele é um código capaz de identificar cada produto dentro do seu estoque. Com ele, você pode diferenciar produtos semelhantes, com variações mínimas como cor ou medidas.

Embora também seja utilizado para organizar os itens, é muito importante lembrar que o SKU não é sinônimo do código de barras e de outras classificações como part number e EAN.

Com o SKU, fica muito mais fácil fazer a expedição dos produtos vendidos, especialmente no caso de e-commerces. Os funcionários do estoque conseguem encontrar facilmente os produtos buscando pelo SKU e assegurar a entrega correta do produto vendido.

Isso traz menos chances de erros, aumenta a produtividade, reduz o retrabalho e as perdas. Como se não bastasse, a experiência de consumo dos clientes também melhora, uma vez que os funcionários terão meios de encontrar os produtos mais facilmente.

Além disso, muitos marketplaces usam o SKU em seus anúncios, aumentando as chances de você ficar bem classificado. Só tenha cuidado para não utilizar caracteres especiais na descrição das mercadorias!

E aí, gostou de saber tudo sobre SKU: o que é, a importância e como criar? Para fortalecer ainda mais as suas estratégias de gerenciamento de mercadorias, leia sobre a ficha de controle de estoque!

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Escrito por

Graduada em Comunicação, com especialização em Marketing Digital. Analista de Marketing, com foco em tráfego orgânico.

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