O que é ativo circulante e por que considerá-lo?

Você sabe o que é ativo circulante? Ele é uma parte fundamental do balanço patrimonial de uma empresa e, junto com o não circulante, é indispensável para realizar uma boa gestão financeira e fazer o planejamento das finanças de um negócio.

Esses dois tipos de ativos se relacionam com os bens e direitos da organização, aquilo que pode ser convertido em dinheiro em curto ou longo prazo. Entender esse conceito e saber como ele se aplica na contabilidade e nas finanças é fundamental para manter uma empresa de pé.

Neste conteúdo, nós explicamos o que é um ativo circulante e o que é um não circulante, quais são as características que os definem e outras orientações essenciais para que seu negócio cresça, mantendo as finanças em dia. Continue lendo!

O que é um ativo?

Antes de explicar o que são os ativos circulantes e não circulantes, é necessário compreender o que é o ativo em si, um passivo e suas características centrais. Os conceitos vão ajudar a entender como tudo se aplica na prática e no balanço patrimonial.

Os passivos são todas as obrigações da empresa, como despesas e gastos. Ou seja, eles são tudo aquilo que ela vai pagar, como contas básicas, empréstimos, financiamentos e repasses aos fornecedores.

Os ativos são todos os recursos controlados pela empresa, os quais rendem benefícios econômicos. Em outras palavras, os ativos são os meios de rendimento que representam algum benefício. Eles podem ser compreendidos como aplicações de bens e direitos de curto, médio e longo prazo.

Não é tão complicado quanto parece. Para simplificar, os ativos são os valores que uma empresa tem em caixa, mas não necessariamente em forma de dinheiro. Pode ser, por exemplo, suas máquinas, equipamentos e as contas a receber.

Para que algo possa ser considerado um ativo, devem-se cumprir três requisitos:

  • ser um bem ou direito da empresa — por exemplo, valores a serem recebidos de clientes e que no futuro serão convertidos em recursos;
  • ter valor monetário — por exemplo, valor que a marca tem no mercado e patentes registrados pela empresa;
  • trazer benefícios ou expectativa de benefícios para o negócio.

Nos tópicos a seguir, você vai entender com mais clareza o que é ativo circulante e por que ele deve ser considerado.

O que é um ativo circulante?

O ativo circulante compreende os direitos e bens de uma empresa que podem ser convertidos em recursos (dinheiro) em curto prazo. Por isso, esse é o ativo que oferece maior liquidez para o negócio.

Os ativos circulantes podem variar de empresa para empresa, porém, alguns elementos são comuns de encontrar, como:

  • matérias-primas;
  • produtos;
  • depósitos;
  • contas a receber;
  • insumos;
  • resgate de finanças de curto prazo;
  • créditos tributários;
  • reservas de caixa etc.

Além disso, o ativo circulante é composto de três subcategorias: o ativo circulante cíclico, o operacional e o líquido.

Ativo circulante cíclico

Como seu próprio nome diz, ele corresponde a atividades cíclicas, que funcionam em ciclos e ocorrem com certa frequência. Podemos dizer que esse ativo é o ciclo operacional regular da empresa, baseado em atividades do dia a dia do negócio.

A ausência desse controle afeta diretamente a rotina e o bom funcionamento geral da empresa. Isso porque ele é responsável pela organização efetiva dela. Alguns exemplos de aplicação são:

  • duplicatas a receber;
  • adiantamento a fornecedores;
  • estoques etc.

Ativo circulante operacional

O ativo circulante operacional diz respeito aos processos operacionais fundamentais de uma empresa. Podem ser divididos em circulantes (aqueles aos quais o negócio terá acesso em curto prazo) ou não circulantes (aqueles que serão recebidos em longo prazo).

Os ativos circulantes operacionais são contas a receber ligadas a estoques e duplicatas. Já os ativos não circulantes operacionais relacionam-se aos equipamentos e maquinários utilizados na etapa de produção.

Ativo circulante líquido

Também é chamado de ativo circulante financeiro. O ativo líquido está relacionado a tudo que é ganho por meio de investimentos da empresa. Também temos aqui uma divisão entre não circulante e circulante, que segue a mesma lógica dos prazos do tópico anterior.

Alguns exemplos de aplicação que se encaixam nessa categoria são:

  • disponibilidades;
  • fundo fixo de caixa;
  • aplicações financeiras;
  • restituição de IR;
  • depósitos judiciais etc.

Como analisar o ativo circulante?

Além de entender o conceito, é preciso analisar o ativo circulante, o que é muito importante devido à ligação que ele tem com a liquidez da companhia. Afinal, como você viu, os ativos representam o dinheiro que a empresa tem para cobrir as suas obrigações em curto prazo.

A análise dos ativos circulantes é feita por meio de indicadores, sendo a liquidez corrente o principal deles. Para chegar a esse valor, basta dividir o total de ativo circulante pelo total do passivo circulante.

Concluímos que uma empresa tem uma boa capacidade para arcar com suas obrigações em curto prazo quando a liquidez corrente apresenta um índice maior do que 1. Quando menor, existem grandes chances de ela não cumprir essas obrigações, com riscos de sérios problemas para o negócio.

Como é formado o ativo circulante?

O ativo circulante é formado a partir da soma de todos os valores que representam os bens e direitos da empresa. Mas aqui o ideal é considerar aqueles que podem ser convertidos em dinheiro em no máximo um ano.

Já citamos alguns exemplos que se classificam como ativos circulantes. De toda forma, você pode identificar ainda outros. Basta imaginar que sua empresa precisa levantar dinheiro o mais rápido possível. Qual seria a solução mais viável para ela? A quais fontes você pode recorrer para obter esses valores?

Tudo aquilo em que você pensar é algo que vai formar o ativo circulante da sua empresa, do que pode-se lançar mão para obter dinheiro em curto período de tempo.

O que deve ser registrado no ativo circulante?

Para ter uma visão real da capacidade financeira da sua empresa, como já citamos, é preciso registrar no ativo circulante tudo aquilo que poderia se transformar em dinheiro rápido — mas tudo mesmo. Por isso é preciso fazer o levantamento com calma e atenção.

É importante não deixar nenhum fator de fora para que você possa fazer uma análise precisa do seu negócio. Sendo assim, você vai registrar no seu ativo circulante todas as aplicações classificadas como circulante cíclico, circulante operacional e circulante líquido.

Cada um deles deverá constar na sua soma para que você não cometa erros na hora de calcular os seus indicadores também. Afinal, são esses cálculos que mostram a situação real do seu negócio, então, devem ser feitos com precisão total.

O que é um ativo não circulante?

Como o próprio nome já diz, esse tipo de ativo é o oposto do circulante. Nesse caso, são os bens e recursos da empresa que vão se transformar em dinheiro em médio e longo prazo e, por isso, apresentam menor grau de liquidez. Conheça, a seguir, as subdivisões dos ativos não circulantes.

Investimentos

Trata-se do dinheiro aplicado para melhorar setores da empresa de uma forma estratégica para que ela possa ter mais eficiência, produtividade ou faturamento. Por exemplo, a compra de maquinário, ferramentas, logística e espaço para aumentar a capacidade de produção e estoque. Investimentos com maior prazo de rentabilização também fazem parte dessa categoria.

Intangível

Os ativos intangíveis recebem esse nome porque eles, de fato, não podem ser tocados, entretanto, têm uma forte relação com o valor econômico da organização. Esses ativos agregam valor para ela e aumentam as vantagens competitivas no mercado. Exemplos disso são as marcas, patentes, softwares etc.

Imobilizado

Diferentemente dos intangíveis, o ativo imobilizado diz respeito aos bens e direitos tangíveis, os quais não se transformarão em recursos a serem utilizados para pagamento de obrigações, por exemplo. Compreende-se por bens patrimoniais como prédios, terrenos, veículos, máquinas, ferramentas e tudo nesse sentido que seja necessário para o funcionamento da empresa.

Ativo circulante x ativo não circulante: quais as diferenças?

Como pode-se concluir pelas explicações sobre o que é ativo circulante, a diferença para o não circulante está apenas no grau de liquidez dos recursos. Conforme explicamos, o primeiro representa a capacidade de pagamento e cumprimento de contratos de uma instituição.

O ativo circulante pode ser convertido em dinheiro em curto prazo e, por isso, tem um maior nível de liquidez. Enquanto o ativo não circulante necessita de um período maior para ser comercializado, resultando em menor nível de liquidez.

Índices de liquidez: como saber qual o da sua empresa?

A avaliação do grau de liquidez permite analisar a saúde financeira de uma empresa. Você viu que para fazer esse cálculo é utilizada a liquidez corrente, pois ela expressa a capacidade de um negócio de realizar pagamentos em curto prazo.

Além disso, esse indicador oferece uma análise mais rápida da situação financeira da instituição. Segue a lógica que citamos: quanto mais alto for o índice, maior será a liquidez da empresa. O cálculo é:

Ativo Circulante / Passivo Circulante = Índice de Liquidez

O resultado mostrará o quanto sua empresa pode gastar e se esses gastos são realmente necessários para a sobrevivência do negócio.

Qual a importância do ativo circulante?

Como ressaltado ao londo do texto, entender o que é ativo circulante e suas aplicações é importante para traçar estratégias que vão manter sua empresa saudável e produtiva.

Além disso, no caso das grandes empresas a liquidez também é um fator que influencia novos investimentos. Os investidores analisam a capacidade de pagamento das organizações antes de injetar valores nelas, por isso, é um atrativo para boas parcerias.

Entendeu o que é ativo circulante, a diferença entre esse e os outros conceitos, além de como encontrar esse valor do seu negócio? Quando bem compreendidos, esses conceitos básicos mantêm a saúde financeira da sua empresa em dia, e você consegue administrar melhor as dívidas e demais compromissos financeiros.

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