Os principais erros de empreendedores iniciantes e como evitá-los

Começar um negócio é, para muitos, a realização de um sonho. A empolgação de transformar uma ideia em realidade, ser dono do próprio tempo e conquistar independência financeira costuma ser o combustível inicial de muitos empreendedores. Mas, infelizmente, o entusiasmo por si só não garante sucesso, e os números mostram isso com bastante clareza.

Segundo dados do Mapa de Empresas do Governo Federal, somente em 2023, mais de 2,1 milhões de empresas fecharam as portas no Brasil, um aumento de 25,7% em relação ao ano anterior. O problema é ainda mais acentuado entre os pequenos negócios: de acordo com o SEBRAE, cerca de 29% dos MEIs encerram suas atividades antes de completar cinco anos. Entre as Microempresas (MEs), essa taxa é de 21,6%, e nas Empresas de Pequeno Porte (EPPs), 17% não resistem ao mesmo período.

Esses dados não são apenas estatísticas frias, eles refletem histórias de pessoas que acreditaram no seu potencial, mas enfrentaram dificuldades que poderiam ter sido evitadas. Entre os principais motivos do fechamento precoce de empresas, a má gestão aparece como um dos fatores mais recorrentes.

A boa notícia é que muitos desses erros são evitáveis, desde que o empreendedor esteja atento desde o início.

Neste artigo, vamos além da lista: você vai entender quais são os erros mais frequentes cometidos por empreendedores iniciantes, por que eles acontecem, quais os impactos reais nos negócios e, principalmente, como evitá-los com inteligência e preparo.

E no final, ainda traremos uma dica valiosa de gestão para quem deseja organizar melhor seu negócio e aumentar suas chances de sucesso. Vamos lá?

1. Empreender sem planejamento estratégico

Empreender movido pela paixão é bonito, mas pode ser perigoso. Um dos erros mais comuns ao abrir uma empresa é justamente começar às pressas, guiado pela urgência ou pelo desejo de “não perder o timing”. Porém, sem planejamento estratégico, o sonho pode virar pesadelo em pouco tempo.

Muitos empreendedores iniciantes confundem uma boa ideia com um negócio viável. Pulam etapas essenciais, como validar a proposta com o público, entender o mercado ou calcular o investimento necessário. Essa impulsividade é uma das principais falhas que levam novos negócios ao fracasso.

Antes de abrir qualquer empresa, é fundamental responder a algumas perguntas básicas:

  • existe demanda para o que eu quero vender?
  • Quem é meu cliente ideal?
  • Como vou entregar valor de forma sustentável?
  • Meus preços cobrem os custos e ainda geram lucro?

Essas questões fazem parte do que chamamos de planejamento estratégico, o alicerce de qualquer empresa que deseja crescer de forma saudável. Isso inclui desenvolver um MVP (Produto Mínimo Viável) para testar sua solução no mercado, fazer uma pesquisa de concorrência, estudar a viabilidade financeira e, claro, montar um Plano de Negócios completo.

Evitar esse tipo de erro ao abrir uma empresa pode ser o divisor de águas entre empreender com propósito ou apenas apagar incêndios. Pense no planejamento como o mapa que guia sua jornada, e não como algo que atrasa o ponto de partida.

2. Misturar finanças pessoais e da empresa

Um erro clássico cometido por muitos empreendedores iniciantes é misturar o dinheiro da empresa com o pessoal. Parece inofensivo, mas essa prática pode comprometer toda a saúde financeira do negócio.

A empresa precisa ter sua própria conta bancária. Ou seja, entradas e saídas de dinheiro devem ser separadas da sua vida pessoal. Quando isso não acontece, o empreendedor perde o controle dos lucros reais, gasta mais do que pode e corre o risco de tomar decisões erradas por falta de clareza.

Imagine alguém que usa o faturamento do mês para pagar as contas de casa e, no fim, não tem caixa para comprar mais mercadoria. Isso é mais comum do que parece, e costuma levar a um ciclo de endividamento difícil de reverter.

A solução começa pela organização

  • Defina um pró-labore fixo para você, como se fosse um salário;
  • separe contas bancárias;
  • registre tudo que entra e sai, por menor que seja.

Uma dica prática é usar o TagBank, a conta PJ gratuita para clientes do sistema TagPlus. Com ela, você organiza o fluxo financeiro dos pagamentos por PIX da empresa de forma profissional, sem misturar suas finanças pessoais.

3. Não conhecer o público-alvo

Se você não sabe para quem está vendendo, está vendendo para ninguém. Um dos maiores erros dos empreendedores é começar um negócio sem entender quem é seu público-alvo, como ele pensa, o que valoriza e porque compraria de você.

Mais do que um perfil demográfico (idade, gênero, renda), é preciso ir além: criar personas, mapear a jornada de compra e observar o comportamento de consumo. Isso permite ajustar o produto, o preço, a comunicação e até o atendimento para que tudo faça sentido para quem realmente importa: o cliente.

Um exemplo de não ouvir ou observar o comprtamento do cliente veio de uma gigante: o Canva, a plataforma de design mais popular do momento. 

Em 2024, a empresa anunciou um aumento de preço abrupto, o plano Canva Teams saltou de US$180 para US$500 anuais. O problema não foi só o valor, mas a forma como isso foi comunicado: um e-mail inesperado pegou muitos usuários de surpresa. 

O resultado foi uma repercussão negativa imediata, e a empresa foi forçada a recuar parcialmente, prometendo agora avisos com 60 dias de antecedência e ajustes regionais de preços.

Esse episódio mostra como ignorar a voz do cliente pode ameaçar até mesmo marcas consolidadas, imagine para uma empresa em fase inicial.

Exercício prático: entreviste três possíveis clientes. Pergunte o que eles sentem falta no mercado, quanto estariam dispostos a pagar e o que valorizam em uma empresa como a sua. Isso vale mais do que qualquer suposição.

4. Subestimar a importância do marketing


Marketing não é só “postar todo dia no Instagram”. Isso é só uma parte da comunicação.
Muitos negócios investem tudo em produto, estoque ou estrutura e deixam o marketing para depois. Só que, se ninguém souber que você existe, não adianta ter o melhor produto do mundo.

Marketing é o que conecta sua marca ao cliente certo, e isso exige investimento estratégico: anúncios pagos (em redes sociais ou marketplaces), fotos e vídeos de qualidade, depoimentos de clientes, presença ativa onde seu público está.

Também vale entender o funil de marketing:

  • atrair: com anúncios, SEO e conteúdo relevante;
  • engajar: mostrando diferenciais e provas sociais;
  • converter: com ofertas, reviews e chamadas para ação claros;
  • fidelizar: por meio do atendimento e do relacionamento.

Investir em marketing não é luxo, é condição básica de sobrevivência no mercado competitivo atual.

5. Ignorar a concorrência

Ignorar a concorrência é como jogar um jogo sem conhecer as regras. Observar o que outras empresas estão fazendo é uma forma de aprendizado.

A concorrência mostra o que está funcionando, o que não funciona e onde há espaço para inovação. Além disso, entender seu posicionamento no mercado ajuda a destacar seus diferenciais de forma mais estratégica.

Uma boa forma de começar é com a análise SWOT (ou FOFA, em português):

  • forças: o que sua empresa faz bem;
  • fraquezas: pontos que precisam melhorar;
  • oportunidades: tendências ou necessidades do mercado;
  • ameaças: fatores externos que podem impactar negativamente.

Ferramentas como o Google Alerts, o BuzzMonitor e SemRush ajudam a monitorar concorrentes e tendências do seu setor com praticidade. A concorrência é seu termômetro, use-a a seu favor.

6. Ter vergonha de vender

Você acredita no seu produto, mas trava na hora de vender? Isso é mais comum do que parece, especialmente entre profissionais criativos ou técnicos, que associam a venda a algo forçado ou desconfortável.

Mas vender é, na verdade, ajudar alguém a resolver um problema com o que você oferece. É uma troca justa de valor. E quando o produto é bom, a venda se torna natural.

Se você tem uma loja de roupas e quer vender mais, recomendo a leitura do post:


Como melhorar as vendas de lojas de roupas femininas

7. Falta de controle financeiro

A gestão financeira é o coração do negócio. E o erro aqui é não monitorar fluxo de caixa, não prever sazonalidades e confundir capital de giro com lucro.

Fluxo de caixa é o que mostra todo o dinheiro que entra e sai do negócio. Sem isso, você pode ter vendas boas e mesmo assim fechar o mês no vermelho.

Principais erros:

  • não reservar capital de giro;
  • gastar com expansão antes da hora;
  • ignorar meses fracos (sazonalidade).

Se esse tema ainda é nebuloso para você, este post pode clarear tudo:


Fluxo de caixa: os principais problemas e como resolver

8. Acreditar que tudo depende apenas de você

O mito do “empreendedor faz-tudo” é sedutor, mas perigoso. Você não precisa (e nem deve) fazer tudo sozinho.

Saber a hora de delegar, terceirizar ou automatizar tarefas é essencial para crescer de forma saudável e manter a saúde mental.

Automatizar rotinas financeiras, fiscais e operacionais, por exemplo, é uma das formas mais inteligentes de ganhar tempo. Para isso, ferramentas como o sistema de gestão TagPlus ajudam a controlar estoques, emitir notas fiscais e DREs com poucos cliques. Isso te libera para focar no que realmente importa: estratégia e crescimento.

9. Resistência à tecnologia

Falando nisso, ainda tem gente que tenta gerenciar uma empresa no caderno ou em planilhas soltas. O problema é que isso custa tempo, aumenta o risco de erros e limita o crescimento.

Hoje existem ferramentas acessíveis e intuitivas para profissionalizar sua gestão:

  • ERPs para controle geral da empresa;
  • CRMs para organizar o relacionamento com o cliente;
  • BPM aumentar a eficiência do negócio.

Quer saber qual dessas ferramentas faz mais sentido para você?


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10. Não cuidar da própria saúde mental

Por trás de todo CNPJ existe um ser humano. E empreender pode ser solitário, exaustivo e emocionalmente desafiador. Ignorar esses sinais é abrir a porta para o burnout.

Sinais de alerta

  • Falta de motivação constante;
  • insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração;
  • sensação de estar sempre atrasado, mesmo trabalhando muito.

Empreender não deveria ser sinônimo de esgotamento. Cuidar da saúde mental é também cuidar do negócio.


Dicas simples

  • Crie pausas ao longo do dia;
  • estabeleça uma rotina com horários de início e fim;
  • construa uma rede de apoio emocional, com mentores, amigos ou grupos de empreendedores.

Conclusão

Empreender é uma jornada incrível, mas cheia de armadilhas para quem começa sem preparo. Como vimos ao longo deste artigo, muitos dos erros mais comuns não acontecem por falta de talento, mas por falta de planejamento, organização e visão estratégica.

A boa notícia é que todos esses erros podem ser evitados. Com informação, escuta ativa e as ferramentas certas, é possível construir um negócio sólido desde o início.

E falando em ferramentas certas, vale destacar que uma boa gestão não precisa ser complicada. Com o TagPlus, você tem tudo o que precisa para começar com o pé direito:

  • controle financeiro claro, com fluxo de caixa organizado;
  • automação de tarefas, como emissão de notas, controle de estoque e gestão de vendas;
  • mais tempo livre para pensar no que realmente importa: crescer e inovar.

Se você está começando agora, ou se quer escalar seu negócio com mais segurança e menos estresse, o TagPlus pode ser o parceiro ideal nessa fase.

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Imagem: Freepik

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Escrito por

Analista de marketing na TagPlus, especialista em comunicação estratégica aplicada às áreas de finanças e vendas.

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